segunda-feira, 4 de março de 2024

10.03 A 16.03.2024 - VIVENDO DE APARÊNCIA – PARTE 2

TEXTO: “Respondeu-lhes: Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens.” – Marcos 7:6-7

INTRODUÇÃO: O ser humano, como já afirmamos, é extremamente focado na aparência. Conforme vimos em Marcos 7.6,7, ele consegue louvar a Deus com um coração distante somente para manter a aparência de devoção, ainda que esta seja superficial, fingida ou até mesmo inexistente.

DESENVOLVIMENTO:

JESUS CONFRONTA A VIDA APARENTE: O livro de Atos, detalhando um momento importante da igreja em seu início, relata a história de Ananias e Safira, um casal que estava mais preocupado em que as pessoas o vissem dando uma grande oferta do que com a atitude correta de agradar e obedecer ao Deus a quem eles ofertavam (At 5:1-11). Um triste e lastimável fato que não se limita só à vida desse casal! O Senhor Jesus nos instruiu em relação a isso, para que nos guardássemos de cair nesse tipo de armadilha: (Mt 6:1-4). Em outras palavras, o mestre advertia: “Não procure aparecer com o que você faz, senão sua recompensa se limitará a tão somente ser visto e reconhecido pelos homens. Haja discretamente, buscando agradar só a Deus e, assim, você guardará o seu coração de uma atitude errada, de uma vida aparente. E isso trará a recompensa divina a você!”

Observe que a intenção do ato de dar esmolas é claramente revelado na frase a fim de serem honrados pelos outros. E Cristo não falou acerca disso somente quando falava das esmolas, mas também ao ensinar sobre as orações e os jejuns: (Mt 6:5, 16-18). Obviamente, Jesus não estava nos proibindo de compartilhar com alguém uma experiência de jejum. Até por que ele mesmo também fez isso; do contrário, como ficaria o fato de os Evangelhos nos contarem acerca de seu jejum de quarenta dias? O erro não está no que fazemos e tampouco se contamos ou não aquilo que fazemos. A questão é o anseio de promover essa aparência de espiritualidade quando resolvemos anunciar aquilo que fazemos. Nós valorizamos demais a casca, a embalagem. Mas a verdade é que a forma não é tão importante quanto a essência. Veja o que o apóstolo Paulo ensinou aos coríntios: (2 Co 4:6). A essência (o tesouro interior) é o que tem valor. A embalagem em que ela se encontra (o vaso de barro) não tem a mesma importância. Quem deve receber destaque é o Senhor e seu poder, não a gente! Jesus não estava dizendo que nunca podemos ser vistos ou reparados pelos homens. Isso é inevitável. O que não podemos é desejar ser vistos ou esforçar-nos para estar em evidência. Isso deveria ser só uma consequência, um mero efeito colateral.

A RELIGIOSIDADE É PIOR QUE A IMORALIDADE: A religiosidade é algo tão perverso, tão espiritualmente venenoso, que, ao observar o ensino do Senhor Jesus, entendemos que ela pode ser pior até mesmo do que a imoralidade. Sim, é isso mesmo que estou afirmando. E por quê? Porque, diferentemente dos demais pecadores, o religioso, por sua aparência de piedade, é um pecador vacinado contra o arrependimento! Lemos na Bíblia que a perversa cidade de Sodoma teria se aberto ao ministério de Jesus e sua pregação de arrependimento, enquanto os judeus de seus dias, não. (Mt 11:23). Cafarnaum, lugar onde Cristo operou tantos milagres, terá juízo mais rigoroso que Sodoma! Por quê? Porque diante de milagres como os que Jesus operou, os piores pecadores de Sodoma tinham maior possibilidade de arrependimento. Pior do que um pecador (por mais terrível que seja) só mesmo um outro pecador que é vacinado contra o arrependimento. É isso que a religiosidade faz: bloqueia os pecadores contra o arrependimento. Ela promove um senso de justiça baseado na vida aparente que, por sua vez, o cega para a sua real condição espiritual. (Mt 21:28-32). Aprendemos a falar e nos comportar com ares de bons cristãos e, com isso, encobrir nossa desobediência.

Note que a Bíblia diz em (Tg 1:22-25), que aquele que não pratica a palavra engana a si mesmo. Essa pessoa não está enganando os outros, tampouco a Deus. Ela está enganando a si mesma! Muitos acreditam que, por demonstrarem aparência de piedade ao frequentar os cultos ou estudar a Bíblia sozinhos, alcançarão um lugar em Deus, mas isso não é verdade. A única coisa que legitima nossa entrada no reino de Deus é o reconhecimento do senhorio de Jesus; e este, por sua vez, só se evidencia por meio da obediência e sujeição total a Cristo. Na parábola de Jesus, compreendemos que o segundo filho, que a princípio rebela-se contra as ordens do Pai e depois arrepende-se de sua atitude e muda sua postura para a obediência, é quem agrada a Deus.

Uau! Jesus comparou o primeiro filho com os religiosos de sua época e o segundo, com as prostitutas, o que me faz concluir que a religiosidade chega a ser pior do que a imoralidade. Quem está no pecado, sabe que está errado e que tem de mudar, mas o problema do religioso é que, por sua aparência de piedade, ele se acha justo e perfeito.

CONCLUSÃO:

Conclui-se, então, que de nada adianta passar horas sentado na igreja, ouvindo a Palavra de Deus, agindo como quem diz sim a tudo que nosso Pai celestial nos pede, se depois não se faz o que ele nos ordenou.

A aparência de obediência não está entre os pecadores; está entre os religiosos.

Já a verdadeira obediência nem sempre está com eles!

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

03.03 A 09.03.2024 - VIVENDO DE APARÊNCIA

TEXTO: Mateus 15:7-9

⁷ Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo:

⁸ Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.

⁹ E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. 

 

 “O crescimento espiritual consiste mais no crescimento da raiz que está fora do alcance da visão.” – Matthew Henry

 

INTRODUÇÃO:

A religiosidade, que defino como a valorização da forma, da aparência, tem, em nome do zelo, roubado a essência da relação com Deus, que deveria ser honesta e sincera.

O formalismo frio de um culto sem coração desagrada profundamente a Deus.

Essa verdade nos é claramente apresentada pelo próprio Senhor Jesus, ao citar, e aplicar para os seus dias, a profecia de Isaías: (Mc 7: 6-9).

 

DESENVOLVIMENTO:

Cristo denunciou uma atitude dos religiosos de sua época que consistia em manter uma aparência de devoção sem que ela, de fato, existisse no coração.

Ele condenou o culto exterior que é desprovido do transbordar de uma paixão interior.

É evidente, na afirmação do mestre, que o anseio divino pelo coração do homem se aproximando dele é o mais importante.

Vejamos o protesto divino: Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.

O culto de lábios é mais do que aceito; é esperado. Desde que seja um transbordar de um coração inclinado ao Senhor.

O Pai Celeste espera que ofereçamos sempre, ininterruptamente, esse culto verbal: (Hb 13:15).

O problema não está nos lábios que adoram a Deus, e sim quando isso deixa de ser um transbordar do coração.

Jesus disse que a boca fala do que está cheio o coração (Mt 12.34).

Mas, nessa adoração que o profeta Isaías classificou como inútil, a boca está fazendo um esforço para declarar aquilo que o coração não está dizendo. Trata-se de mera encenação!

 

UM PROBLEMA ANTIGO:

Muita gente aprende a reproduzir um comportamento de piedade que é puro teatro. Deus não quer essa encenação;

Ele quer nosso coração! A atitude errada de viver tentando manter a aparência tem roubado o ser humano do melhor de Deus. E não é de hoje.

A humanidade tem a tendência de maquiar e esconder os pecados, bem como fingir espiritualidade, desde o início da sua existência.

Foi o que Adão e Eva fizeram ao pecar: (Gn 3: 7-10).

Ao perceber sua condição de nudez, o primeiro casal teve, como imediata reação, a tentativa de cobrir-se com folhas de figueira e depois de esconder-se.

Antes de focarem no conserto a ser feito com Deus, Adão e Eva se mostraram primeiramente preocupados com a sua própria imagem. A questão da aparência tem sido um problema desde o início da humanidade.

E há profecias bíblicas de que isso continuará até o fim: “Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus, tendo APARÊNCIA DE PIEDADE, mas negando o seu poder. Afaste-se também destes.” (2Tm 3.1-5, NVI).

As Escrituras afirmam que nos últimos dias os homens terão aparência de piedade, mas negarão o seu poder (a sua essência).

A deterioração humana será enorme! Ainda que esses homens não se classifiquem como amigos de Deus, eles tentarão manter a aparência de piedade.

A vida deles será totalmente contraditória à Palavra de Deus (penso que negar o poder divino é, basicamente, negar a transformação), mas ainda tentarão preservar a aparência de piedade. Isso é trágico!

Às vezes trocamos a busca pela aparência dela; substituímos o desejo sincero da presença de Deus por uma busca fundada somente na aparência, que só tem a única motivação de levar as pessoas a criarem uma imagem melhor de nós e de nossa espiritualidade.

Muitas vezes, parece que o que queremos mais é impressionar as pessoas, em vez de nos dedicar a alcançar o coração de Deus. Essa é a razão pela qual Jesus confrontou tanto esse estilo de vida aparente.

 

CONCLUSÃO:

Hoje o Espírito Santo nos diz: “Eu não quero apenas que você me busque. Eu desejo que você queira me buscar.”

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

O RELIGIOSO

Aprecia o mérito.

Ama ser reconhecido, bajulado.

Julga o próximo à luz de si mesmo. 

Nunca está satisfeito. 

Semeia suas críticas ferinas. 

Machuca as pessoas. 

Trabalha para se destacar e assumir liderança. 

Cobra dos outros o que ele mesmo não pode fazer.

Acena com a hipocrisia.

É frio em relação ao sofrimento alheio.

Acha que sabe mais do que os outros e tem resposta para quase tudo.

Não é ensinável, mas quer ensinar os outros. 

Geralmente é disperso, tem um grande déficit de atenção. 

É formal. 

Escorregadio. 

Acometido da síndrome do irmão mais velho da parábola do filho pródigo. 

Suas orações são repetitivas e cheia de jargões. 

Acha-se dono da igreja. 

Cria obstáculos para o crescimento do próximo. 

Ama os cargos na igreja. 

Foge das cargas. 

Aprecia a sua vitimização e a manipulação das pessoas. 

Tem extrema dificuldade de reconhecer seus desacertos, se arrepender e pedir perdão. 

Gosta muito do pódio. 

Tem extrema dificuldade de relacionamento.

Vive de passado. 

Aprecia o tradicionalismo em detrimento da tradição. 

É especialista em criar ou promover veladamente  contendas e divisões no Corpo de Cristo, a Igreja. 

A maledicência faz parte do seu estilo de vida. 

É dissimulado. 

Produz um péssimo testemunho onde transita. 

Geralmente trabalha contra o obreiro da igreja. 

Substitui a Glória de Deus pela glória de si mesmo. 


AUTOR: Rev. Oswaldo Luiz Gomes Jacob

OBSERVAÇÃO: Mensagem recebida via Whats-App

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

GMC - IGREJA METODISTA GLOBAL


Este é o símbolo da nova igreja Metodista Global.

A nova denominação defende a teologia tradicional e conservadora Wesleyana, mas funciona em uma infraestrutura mais leve e enxuta.

As congregações metodistas que sabem que seu futuro não está na Igreja Metodista Unida (UMC) oficialmente têm um novo lugar para pousar: a Igreja Metodista Global (GMC).

A denominação mais enxuta se concentrará em parcerias internacionais. A nova denominação planeja defender a teologia tradicional e conservadora Wesleyana, mas funciona em uma infraestrutura mais leve e enxuta que enfatiza a responsabilidade de base e as conexões ministeriais.

Após anos de atrasos, com a próxima oportunidade de votar em uma proposta de divisão agendada para 2024, algumas congregações da UMC nos EUA estão iniciando o processo de desfiliação e planejam ingressar no GMC o mais rápido possível. 

Leia a matéria na íntegra

https://comunhao.com.br/metodistas-conservadores-lancam-igreja-metodista-global/#

domingo, 14 de janeiro de 2024

25.02 A 02.03.2024 - VOLTANDO À FONTE

TEXTO: João 15:5 - Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.

 

“Quem não faz da oração um importante fator em sua vida, é fraco na obra de Deus e impotente para projetar a causa de Deus ao mundo.” – E.M.BOUNDS

 

INTRODUÇÃO:

Super-herói espiritual não existe, pois todos nos cansamos; temos limites.

A razão pela qual o Senhor instituiu o descanso é que precisamos dele.

Embora inicialmente apresentemos relativa dificuldade para aceitar, o tempo e a experiência nos mostram que este é um fato: a cada um de nós sobrevirá aquele momento de desgaste, principalmente após as batalhas e ministrações à outras pessoas.

Mesmo quando ministramos no poder do Espírito, nos cansamos.

Não sentimos isso enquanto estamos sob a unção, mas, quando ela se vai, é aí que percebemos quão limitados somos.

 

DESENVOLVIMENTO:

 

§         O DESGASTE DA BATALHA: A Bíblia fala acerca de como Elias, depois de sair de um dos mais espetaculares cenários de avivamento, quando viu descer fogo do céu sobre o sacrifício e a nação cair de joelhos gritando “Só o Senhor é Deus”, fugiu de Jezabel e escondeu-se numa caverna, pediu para si a morte. O que houve com o profeta? Ele vivenciou o que classifico como “ressaca ministerial”. Embora a primeira ideia sobre ressaca seja a de alguém que está sofrendo do abuso do álcool, há outros conceitos englobados nessa palavra, onde encontramos uma consequência de algum tipo de exagero ocorrido. Há um exemplo nas Escrituras que se enquadra perfeitamente nesse contexto do desgaste da batalha, da ressaca ministerial. É o caso de Sansão (Jz 15: 14-17). É importante lembrar que Sansão não possuía nenhuma força descomunal, a não ser quando o Espírito de Deus se apossava dele; salvo essas ocasiões, era um homem normal. Depois de ter sido usado poderosamente pelo Senhor, a unção se retirou dele, mas deixou um saldo de grande desgaste. Ou seja, aquela força que havia se manifestado não era dele, mas o corpo, sim; portanto, quando a força se foi, restou o cansaço. Seria muita ingenuidade de nossa parte supor que jamais poderíamos experimentar o mesmo. Muitas vezes, depois de vencermos o inimigo externo, descobrimos que não podemos lidar com a nossa própria limitação! (Jz 15: 18-19). O corpo de Sansão quase sucumbiu, pois o esforço de matar (e empilhar e contar) aqueles mil homens foi muito grande. A Bíblia diz que o desgaste foi tamanho que ele quase morreu de sede. Existem dois níveis de unção: a externa e a interna.  A unção externa é aquela em que o Espírito Santo vem sobre nós; esse tipo de unção nos leva a fazer alguma coisa para Deus. A unção interna é aquela em que o Espírito Santo flui em nós, do lado de dentro; esse tipo de unção está relacionado com o que Deus faz por nós.

 

§         A FONTE DO QUE CLAMA: A fonte que Deus abriu ganhou um nome: En-Hacore, que significa “a fonte do que clama”, pois foi em oração que Sansão a alcançou. Deus não abriu a fonte para Sansão apenas porque ele necessitava disso. Esse juiz de Israel estava a ponto de morrer de sede, mas não foi sua necessidade que gerou a intervenção divina. Foi o seu clamor! Semelhantemente, cada um de nós também precisa dessa fonte, que só pode ser experimentada mediante a oração. Somente essa fonte pode nos proporcionar refrigério e descanso quando nos encontramos cansados da batalha. E o que essa fonte simboliza? Um dos símbolos do Espírito Santo, na Bíblia, é o de uma fonte: (Jo 7: 37-39). Jesus falou sobre um saciar da sede bebendo de um rio que jorra do íntimo de cada um de nós. A Bíblia diz que a água flui do nosso interior; e eu pergunto: por onde jorra? Por nossos lábios, quando oramos! Oração não é algo opcional. É uma questão de sobrevivência! Então por que a maioria de nós não parece levar a sério a vida de oração? Apenas saber que orar é importante, necessário, fundamental, não resolverá o problema gerado por nossa omissão. Acredito que isso só tem um remédio: a paixão pelo Senhor. A fascinação por sua presença, a realização que encontramos somente nos encontros com ele, deveria ser o nosso combustível para correr à fonte todos os dias.

 

CONCLUSÃO:

Nada deve nos afastar de nossa fonte!

O nosso relacionamento diário com Deus determina não só o sucesso, como a sobrevivência do nosso ministério, portanto ele jamais deve ser negligenciado.

domingo, 31 de dezembro de 2023

18.02 A 24.02.2024 - MANANCIAL OU CISTERNA?

TEXTO: “Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas (rachadas), que não retêm as águas.” (Jr 2.13).

‘Não há nada que diga a verdade a nosso respeito como cristãos tanto quanto nossa vida de oração.” – Martyn Lloyd-Jones


INTRODUÇÃO:

Nos dias em que Deus liberou essa palavra por meio do profeta Jeremias, não havia água encanada e o povo dependia dos mananciais para a sua sobrevivência.

Contudo, tanto pela falta de mananciais (que não eram encontrados em qualquer lugar) como pelo comodismo de não precisarem buscar água todos os dias, as pessoas passaram a usar cisternas.

A cisterna era um reservatório de águas das chuvas, e era muito prática, uma vez que, pelo fato de armazenar água, ela evitava o esforço da caminhada diária em busca de uma fonte.

Essa era uma realidade comum a todos os povos da antiguidade, razão pela qual Deus escolheu justamente essa figura para ilustrar a verdade espiritual que o seu povo tanto necessitava ouvir e entender.

 

DESENVOLVIMENTO:

·         CISTERNAS ROTAS: O Senhor chamou de rotas as cisternas que o seu povo vinha cavando, enfatizando que elas não podiam armazenar água. Estamos falando da diferença entre beber da fonte ou de um reservatório. Portanto, nessa comparação que o Senhor fez, a conclusão é uma só: Quem bebe da fonte tem a água, ao passo que quem tenta fazer uso do reservatório acaba ficando sem ela! Muitos de nós achamos que é possível “driblar” o princípio da busca diária e tentamos “encher os nossos reservatórios” nos cultos semanais. Há pessoas que durante toda a semana não oram, não adoram, tampouco leem a Bíblia, mas acham que frequentar um culto é suficiente para mantê-las abastecidas. Por que preferimos encher as nossas cisternas, em vez de irmos diariamente à fonte? Talvez seja por mero comodismo, mas o fato é que temos falhado numa área vital do nosso relacionamento com o Pai celestial. Ninguém sobrevive de estoques em sua vida espiritual. Não existe uma espécie de “crente camelo”, que enche o tanque e suporta quarenta dias de caminhada no deserto! Entretanto, muitos de nós agimos como se isso fizesse parte da nossa realidade. Essa ideia de beber da fonte é usada por Deus em toda a Bíblia. Creio que isso serve para cultivar em nós uma mentalidade correta com relação ao nosso relacionamento com ele. (Jo 4:10, 13, 14; 7:37-38) e (Ap 7:17; 22:17).

 

·         A BUSCA DIÁRIA: Deus espera que o busquemos todos os dias. Isso me parece bem claro na oração modelo que Jesus nos ensinou: (Mt 6.11). E quanto ao dia seguinte? Devemos voltar a buscar o Senhor a cada novo dia (Mt 6.34). Quando o Senhor Jesus nos ensinou a depender de Deus para a nossa provisão, ele não quis dizer que deveríamos simplesmente ficar sentados e esperar. Ao contrário, percebemos que o caminho bíblico proposto é o de irmos ao Senhor em oração diariamente. Há uma relação entre esse ensino do Senhor Jesus e o que aconteceu nos dias de Moisés com relação ao maná, o pão do céu. Vemos que, depois que a nação de Israel deixou o Egito e saiu pelo deserto em direção a Canaã, eles se encontraram em grandes dificuldades para obter o seu próprio alimento, uma vez que, em viagem, não tinham tempo nem condições de plantar e colher. O resultado foi o envio da provisão divina e diária do maná: (Êx 16:4). A cada novo dia, os israelitas tinham que se levantar em busca do pão. Deus queria que fosse exatamente assim: (Êx 16: 19-21). O que temos aqui não é apenas uma lição de dependência, mas inclui também os parâmetros divinos segundo os quais o povo deveria relacionar-se com o Senhor. Aparentemente, era isso o que acontecia no jardim do Éden, onde Deus visitava os seus filhos diariamente (Gn 3.8). Observe a desobediência deliberada e imediata dos israelitas. O Senhor claramente os advertiu de não estocar o maná para o dia seguinte. Ele prometeu uma nova porção a cada novo dia. Ainda assim, eles lhe desobedeceram e tentaram fazer reservas para o dia seguinte. Por quê? Para não terem que se preocupar em buscar o maná todo dia. Isso é comodismo. Não há como trabalhar com estoques no que diz respeito à presença de Deus. Devemos buscá-lo a cada novo dia. O que experimentamos dele num dia não elimina a necessidade de continuar a buscá-lo no dia seguinte. Como registrou o profeta Jeremias, falando da misericórdia do Senhor, elas renovam-se cada manhã (Lm 3.23). Não que ela tenha prazo de validade. As “cotas” do que Deus nos disponibiliza é que são liberadas diariamente para que sempre voltemos à fonte. Há uma renovação diária não só das misericórdias divinas, mas do nosso ser interior. Paulo declarou aos coríntios: ... mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia (2Co 4.16). E essa renovação é automática? Não! Ela só é alcançada ao buscarmos o Senhor.

 

CONCLUSÃO:

Decida hoje mesmo a investir em seu relacionamento diário com o Senhor e a fazer disso a sua fonte de águas vivas.

Não se deixe levar pelo desejo de cavar para você mesmo uma cisterna rota que não retém as águas.

Chegar ao ponto crucial da busca ao Senhor, onde nada mais importa, envolve tanto a intensidade como a frequência.

Não pode haver, em nosso relacionamento com Deus, somente um desses elementos.

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

04.02 A 10.02.2024 - DESCOBRINDO OS TESOUROS DE CRISTO

 TEXTO BASE: Oséias 6:3 - Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.”

“Um pouco de conhecimento de Deus vale muito mais do que uma grande quantidade de conhecimento sobre Ele.” – J. I. Packer

INTRODUÇÃO:

Hoje há muita gente no mundo investindo tempo e dinheiro, e muito dinheiro, na busca de tesouros perdidos.

O que os faz investir tanto nessa empreitada?

A possibilidade de encontrarem uma boa e genuína recompensa.

A verdade é que, seja uma caça ao tesouro ou não, em qualquer outra situação em que mensuramos uma grande recompensa e constatamos que ela vale a pena, nos dispomos a correr atrás do prêmio.

Portanto, penso que, se entendêssemos que há um tesouro a ser encontrado no relacionamento com Cristo, a maneira de buscá-lo, mudaria drasticamente em nossa vida.

 

DESENVOLVIMENTO:

 

§         UMA JORNADA DE DESCOBERTA: O fato é que há um tesouro, chamado de “tesouro escondido”. Esses preciosos tesouros estão escondidos em Jesus com qual propósito? Não acredito que seja para permanecerem ocultos, mas, sim, para serem descobertos por aqueles que procuram. Isso faz todo o sentido para mim quando penso que, por trás da busca, há uma promessa de revelação (Jr 33:3). Eu sei que para muitos a oração talvez não passe da primeira fase: invocar e ser respondido. Mas, no plano divino, há mais – muito mais – do que isso à nossa disposição. Podemos entrar numa dimensão maior de compreensão não somente das verdades, como também da pessoa de Jesus Cristo.

 

§         O MANÁ ESCONDIDO: Logo que o maná foi enviado por Deus ao povo de Israel, Moisés, por ordem divina, orientou Arão a guardar uma porção dele dentro da arca da aliança (Êx. 16:33-34). Depois que compreendermos essas figuras, entenderemos melhor o que Paulo disse aos colossenses (Cl 2.3). A arca é uma figura de Cristo, e o maná, da Palavra de Deus. É importante ressaltarmos o termo “escondido”. O maná não estava apenas guardado na arca, mas escondido! A arca não tinha janela nem vitrine. O que se colocava dentro dela não podia ser visto por ninguém. Essa é a razão de Jesus dizer à igreja de Pérgamo: ao que vencer lhe darei do maná escondido (Ap 2.17). Se olhássemos superficialmente para a arca, não teríamos como ver o maná escondido, a não ser que fizéssemos um exame mais cuidadoso, abrindo-a para examinar o seu conteúdo. Da mesma maneira, se você tiver um contato apenas superficial com Cristo, jamais descobrirá os tesouros da sabedoria e da ciência! Você jamais poderá conhecer os mistérios do reino! Infelizmente, essa é a realidade da maioria dos cristãos que, servindo a Jesus durante anos e anos, jamais chegam a experimentar desse maná escondido. Esses tesouros escondidos são os mesmos segredos de Deus que Davi mencionou no Salmo 25.14. Todas as vezes em que você pegar a sua Bíblia para lê-la, estudá-la e meditar nela, lembre-se de que há tesouros escondidos que jamais se tornarão conhecidos através de um mero exame superficial.

 

§         O RELACIONAMENTO COM A PALAVRA: Cristo é a Palavra, e a Palavra revela Cristo. É simples assim! Ou podemos usar a definição de J. I. Packer: “Jesus considerava-se a chave para as Escrituras, e estas, a chave para ele próprio”. Contudo, o problema de nossa geração é que as pessoas alegam querer conhecer Cristo, mas não entendem, ou não querem entender, que não há como conhecê-lo íntima e profundamente, a não ser pela sua Palavra. Agora vamos refletir juntos: se essa é uma ordem divina (encher-se da Palavra), que nós escolhemos negligenciar, e se sabemos que o não cumprimento da ordem de Deus é pecado, então como classificar o nosso não envolvimento com as Escrituras? É pecado! Certa ocasião, ouvi alguém dizer que o que a igreja mais precisa em nossos dias não é de avivamento, mas de “abibliamento”. Precisamos voltar à Palavra! Queremos ter a comunhão e a paixão que os homens de Deus, envolvidos nas histórias de avivamento do passado, tiveram. A questão é que, aparentemente, não queremos o mesmo envolvimento que eles tinham com a Palavra de Deus.

 

CONCLUSÃO:

Se quisermos conhecer melhor a Cristo e descobrir os tesouros da sabedoria e da ciência que nele se encontram, precisaremos nos envolver com a Palavra de Deus num nível muito mais profundo do que o que alcançamos até agora.

Que o Senhor nos ajude a despertar e a recomeçar nessa área!

 

PARA PENSAR: “A evidência do nosso desejo por algo é expressa pela intensidade de nossa busca!”

 

ATENÇÃO: Semana que vem teremos o nosso Congresso de Carnaval. Retornaremos com o Discipulado na semana seguinte!

domingo, 5 de novembro de 2023

26.11 A 02.12.2023 - FASCINADOS POR DEUS (PARTE 2)

“Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade.” – João 4:23

 

INTRODUÇÃO:

O problema de muitos é não entender a essência do que Deus está procurando.

Já vi gente afirmando que o Pai procura a verdadeira adoração, mas não foi isso que Jesus falou.

Cristo afirmou que Deus, o Pai, procura os verdadeiros adoradores, e não a verdadeira adoração.

São coisas bem distintas!


DESENVOLVIMENTO:

O QUE DEUS ESTÁ PROCURANDO?

Se tratarmos do assunto das ofertas, também teremos que ressaltar o interesse de Deus no ofertante, e não na oferta.

Se o interesse divino fosse meramente na oferta, então qualquer oferta deveria ser aceita.

Mas percebemos, ao longo das Escrituras, que Deus não aceitou a oferta de muita gente.

Aliás, a pergunta feita da parte do Senhor, por Malaquias, o profeta, foi: (Ml 1.9). Deus aceita o ofertante! Quando ele rejeita a oferta, é porque perdeu o prazer no ofertante (Ml 1.10).

Ananias e Safira que o digam! Deram uma considerável quantia de oferta e foram julgados.

E o que dizer de Abel e Caim, na primeira menção bíblica das ofertas? O próprio texto sagrado responde: (Gn 4.4-5). O ofertante sempre é mencionado primeiro. Por razões óbvias! O diferencial na questão das ofertas, uma das formas de adoração, é o coração com que fazemos o que Deus pediu que fizéssemos.

Qual foi o problema de Caim? Segundo as Escrituras, foi seu comportamento.

Observe o que o Senhor lhe disse: (Gn 4.7). Entendido isso, a pergunta a ser feita é: “O que estava por trás do comportamento?” O coração.

Repare no que Caim fez: (Gn 4.3). A palavra usada no original hebraico não é específica sobre quanto tempo se passou. A palavra é vaga e pode se referir a dias, semanas, meses e anos. Mas o que é claro é a palavra fim.

Ela mostra que Caim deixou Deus para o fim.

Isso é ainda mais evidente quando a Bíblia fala de Abel e sua atitude aparece contrastando com a de seu irmão: (Gn 4.4).

A palavra primícias significa “primeiros frutos”. Portanto, quando Abel teve acesso aos seus primeiros ganhos, antes de pensar em usufruir do seu próprio trabalho, colocando-se em primeiro lugar, ele preferiu honrar o Senhor, colocando-o em primeiro lugar e ficando por último.

Caim, por sua vez, fez o oposto: colocou-se em primeiro lugar e deixou Deus por último.

O que Deus queria? A oferta? Claro que não! Ele queria a declaração por trás da oferta, o anseio de valorizar Deus por trás daquele ato.

O Senhor queria um coração que o valorizasse acima de tudo, inclusive dos ganhos materiais e financeiros.

Qual é o maior mandamento? Ao ser questionado sobre isso, Jesus respondeu que o maior mandamento é amar a Deus acima de tudo: Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de TODO o teu coração, de TODA a tua alma, de TODO o teu entendimento e de TODA a tua força (Mc 12.30).

Quando o Senhor revela esperar que o amemos com tudo que há em nós, de todo o nosso coração, de toda a nossa alma, de todo o nosso entendimento e com todas as nossas forças, está apontando para o fato de que ele quer ser o mais importante em nossa vida.

Não porque Deus precise disso, mas porque, se não dermos a ele esse lugar, jamais nos doaremos a esse relacionamento com deveríamos.

 

CONCLUSÃO:

Tudo aponta numa só direção: Deus quer um relacionamento com o homem.

O anseio divino pela comunhão com o homem é inegável.

Mas Deus espera que o nosso anseio por ele também seja intenso.

E uma das coisas que podem nos ajudar nessa jornada de entrega é a descoberta de quem ele é.

Trata-se da fascinação gerada pela revelação da pessoa de Deus.

 

19.11 A 25.11.2023 - FASCINADOS POR DEUS (PARTE 1)

“O que nos molda não é aquilo a que nós dedicamos mais tempo, e sim o que exerce o maior poder sobre nós.” (Oswald Chambers)

 

INTRODUÇÃO:

Você sabia que o livro mais lido do mundo é a Bíblia? E também no Brasil.

Esse é o resultado da 4ª edição da pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil” (2016), que destaca o Livro Sagrado em primeiro lugar nas listas entre os “livros mais marcantes” e os “últimos livros mais lidos”.

Dentre os 66 livros que compõem o Livro Sagrado, o mais lido é o de Salmos.

Alex Varughese, editor da obra “Descobrindo a Bíblia: história e fé das comunidades bíblicas”, afirmou: “O livro de Salmos é um dos livros mais lidos e apreciados da Bíblia. Tanto a sinagoga como a igreja continua a ler, entoar e orar os Salmos. Enquanto outros livros do Antigo Testamento representam a Palavra de Deus para a humanidade, os Salmos elevam a voz da humanidade a Deus”.

DESENVOLVIMENTO:

Outra informação interessante é que, dos 150 salmos, 73 são atribuídos a Davi; ou seja, quase metade dos salmos!

Se ainda levarmos em conta que 50 salmos não possuem identificação de autoria, percebemos que restam apenas 27 que se dividem entre vários outros autores.

Essa é a provável razão pela qual, quando se fala a respeito dos salmos, o nome de Davi seja o primeiro que nos vem à mente.

Apresento esses dados para destacar um fato: Se a Bíblia é o livro mais lido do mundo e, se o livro mais lido da Bíblia é o de Salmos, e dos salmos Davi é o escritor que mais aparece, seria exagero declarar que ele se tornou um dos grandes nomes da história da humanidade? Para o mundo, o rei Davi tornou-se conhecido mais por seus salmos do que por suas guerras.

Mas, a mais surpreendente classificação de Davi na Bíblia fala não da sua reputação diante dos homens, mas diante de Deus.

Sim, ele é o único na Bíblia que foi chamado de “homem segundo o coração de Deus”.

Sabemos que esse adjetivo não foi usado para indicar que ele era um homem perfeito, pois alguns de seus pecados, estão registrados nas Escrituras.

Embora seja justo também dizer que os tropeços de Davi se limitam principalmente a essas ações (1 Rs 15:5). Então, se não foi por causa da perfeição que o filho de Jessé teria sido chamado de “homem segundo o coração de Deus”, por qual outra razão seria?

Davi foi assim chamado pelo Senhor por apresentar algo essencial que o Senhor espera dos homens.

A ideia de que Deus está buscando algo nas pessoas pode ser vista na frase: Achei Davi, meu servo (Sl 89:20). Vejamos outra declaração bíblica e neotestamentária sobre o assunto: “elevou-lhes Davi como rei, ao qual também, dando testemunho, disse: ACHEI A DAVI, filho de Jessé, HOMEM SEGUNDO O MEU CORAÇÃO, e ele fará todas AS MINHAS VONTADES” (At 13:22).

Vimos, pela Palavra de Deus, que a humanidade foi criada para buscar a Deus.

E, se essa é a razão da nossa existência, seria de causar admiração pensar que essa é uma das características que o criador mais espera que manifestemos?

O TABERNÁCULO DE DAVI: O que o Senhor sentia falta dos dias de Davi e queria de volta nos dias de Uzias? O tabernáculo de Davi! É isso mesmo!

Observe a profecia de Amós 9:11-12. Deus queria de volta uma única coisa dos tempos gloriosos de Davi: o tabernáculo que foi levantado naquela ocasião!

O curioso é que de todos os edifícios levantados e consagrados para ser a casa de Deus nos tempos bíblicos, o que Davi edificou é o mais simples de todos.

Ele não tinha a sobrenatural obra de arte que foi encontrada no de Moisés.

Não tinha a glória do templo de Salomão, levantado posteriormente, e nada que pudesse se comparar ao templo de Esdras.

Não tinha as suntuosas pedras e edificações do templo de Herodes.

O tabernáculo de Davi era apenas uma tenda simples com a arca da aliança no meio.

Em razão disso, é mais fácil concluir que o Senhor queria o que um dia aconteceu ali do que a tenda em si.

Davi trouxe de volta a Arca da Aliança, símbolo da presença de Deus, que estava perdida por décadas e colocou-a nesse tabernáculo (1Cr 15.1) e depois deu ordens aos levitas que, 24 horas por dia, 7 dias por semana, permanecessem em volta da arca adorando a Deus (1Cr 16.1,7,37).

A partir desse momento, a música estava oficialmente tornando-se parte do culto ao Senhor.

Mas o que está por trás do que Davi fez é maior do que a música.

Encontramos no Novo Testamento uma afirmação que mostra que a aplicação dessa mensagem profética liberada por Amós se estende à nova aliança e revela os propósitos atuais de Deus para a Igreja de Jesus Cristo (At. 15:16-18).

Tiago, o irmão do Senhor, aplicou esse texto como fundamento para a proclamação do evangelho aos gentios, o que me faz entender que, neste tempo em que vivemos, há algo que acontecia no tabernáculo de Davi que Deus quer de volta!

Entenda que não estou falando sobre literalmente construir uma réplica da arca da aliança, colocá-la sob uma tenda e dispor os músicos em volta para, continuamente, louvarem o Senhor.

O que Deus quer restaurar é mais do que um formato de culto e adoração.

CONCLUSÃO:

Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade” (Jo 4.23).

Aliás, baseado nessa conversa de Jesus com a mulher samaritana, junto ao poço de Jacó, podemos entender melhor o que Deus está procurando.

O final do mesmo versículo citado nos revela algo importante: porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.

12.11 A 18.11.2023 - AMADO E AGRADÁVEL (PARTE 2)

“Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo.” – Salmos 46:4

 

INTRODUÇÃO:

Qual será a intensidade do meu relacionamento com Deus? Quanto vou experimentar de Deus?

Eu mesmo é que decido!

Já vimos que a lei da reciprocidade define que aquilo que Deus faz, a parte Dele, depende daquilo que eu faço, a minha parte.

Vamos falar primeiro da intensidade e depois das conquistas.

A dimensão de ambas é determinada pela nossa atitude de provocar (ou não) a lei da reciprocidade divina.

 

DESENVOLVIMENTO:

1.       ENTRANDO NO RIO:

Uma das figuras do mover do Espírito Santo pode ser vista no rio de Deus.

Assim como lemos acerca de um rio, na Cidade Santa, no livro de Apocalipse, também lemos, em Salmos 46:4.

O rio flui do trono de Deus (Ap 22:1-2), ou seja, é uma extensão dele mesmo, e faz coisas que só Deus pode fazer, como comunicar vida, curar etc.

Há um paralelo mencionado em Ezequiel 47: 3-5, numa visão que o profeta teve, que apresenta muitas similaridades da descrição do rio no Apocalipse.

Que lição temos aqui? Para ter mais do rio de Deus, temos que entrar nele! É isso mesmo.

Não é o rio que invade a sua vida; é você que tem que entrar no rio!

Tenho conhecido muitos crentes que passam uma vida inteira esperando uma espécie de enchente espiritual.

Avivamento, na concepção deles, parece ser o aguardado momento que ocorrerá essa “santa inundação” e o rio invadirá a sua vida.

Descobri que eu é que preciso entrar no rio.

Descobri também que posso parar quando as águas ainda derem nos tornozelos; ou quando ainda derem nos joelhos; ou mesmo nos lombos.

Isso não significa que essa seja a vontade de Deus.

Penso que assim como o anjo que fazia a medição não deixou Ezequiel parar com as águas nos tornozelos, joelhos e lombos, mas o levou até as águas profundas, assim também o Senhor não quer que paremos nas águas rasas.

Nosso destino é o lugar das águas profundas! Mas, à semelhança do profeta, temos de avançar.

Não podemos parar no raso. A profundidade tem que ser buscada. E ela depende mais de nós do que de Deus!

O Senhor já criou o acesso e nos revelou o caminho. Só falta decidirmos chegar lá.

 

2.       FLECHANDO O CHÃO:

Já entendi que o mover de Deus será, em minha vida, do tamanho da minha fé. O limite não está em Deus; Pelo contrário, o limite está em nós.

Enxergamos isso claramente no episódio da visita do rei Jeoás ao profeta Eliseu: (2 Rs 13:14-19,25).

Aqui temos um rei que recebeu uma palavra de Deus através de um dos mais sérios profetas da Bíblia.

A promessa era explícita e incluía uma vitória esmagadora e permanente sobre o inimigo.

Essa era a provisão divina, a vontade do Senhor, revelada por meio de seu servo. Mas qual foi o resultado?

Aprendemos aqui que nós mesmos é que determinamos a quantidade de vitórias que teremos.

E isso por meio da fé que expressamos. Não é a palavra de Deus que garante a vitória.

É a nossa fé nessa palavra que produzirá resultados.

As Escrituras nos ensinam que é com fé que herdamos as promessas (Hb 6.12).

Em outras palavras, não basta ter promessa (ainda que divina), é preciso ter fé.

A falta de fé de nossa parte nos impede de viver a plenitude do que Deus tem para nós.

A falta de rendição da nossa parte também produz as mesmas consequências.

Uma verdade bíblica poderosa, resumida e simplificada por John Bevere, em uma frase, em seu livro Extraordinário – “O que você está destinado a viver”, ele afirma: “Deus não responde à nossa necessidade; ele responde à nossa fé!”

 

CONCLUSÃO:

Essa lei da reciprocidade me ensina a não permanecer indiferente.

Ela me ensina a dedicar-me cada vez mais ao Senhor.

Não porque ele precise disso, e sim porque nós precisamos!

O entendimento e uso correto dessa lei espiritual nos ajudará a ir além da mediocridade e entrar numa dimensão mais profunda de intimidade com o Senhor.

É por isso que precisamos aprender a buscar o Senhor de todo coração e até que nada mais importe.

05.11 A 11.11.2023 - AMADO E AGRADÁVEL (PARTE 1)

“Nunca me sinto melhor do que quando me esforço ao máximo para Deus.” – George Whitefield

 

INTRODUÇÃO:

Há uma diferença entre ser amado por Deus e ter uma maneira de viver a vida cristã que seja agradável a Ele.

O primeiro determina o nosso valor e tem a ver tanto com o que Deus é, como com o que nós somos.

O segundo tem a ver com o nosso comportamento e nada a ver com Deus ou nós somos.

 

DESENVOLVIMENTO:

A DIFERENÇA ENTRE SER AMADO E SER AGRADÁVEL:

John Bevere, em seu livro Extraordinário – “O que você está destinado a viver”, afirmou que: Não podemos fazer nada para fazer com que Deus nos ame mais do que Ele já nos ama; também não podemos fazer nada que faça com que Ele nos ame menos.

Mas quanto prazer Ele sente por nossa causa? Isso é outra história”. E acrescentou: “Nos últimos anos, ouvimos falar muito sobre o amor incondicional de Deus, uma discussão muito útil e necessária. Entretanto, muitas pessoas concluíram em seu subconsciente que, uma vez que Deus as ama, Ele também está satisfeito com elas. Isso simplesmente não é verdade”.

Há muitos cristãos se esforçando por “merecer” o amor do Pai celestial. Mas o amor divino não tem nada a ver com performance!

Jesus, ao contar a parábola do filho pródigo, não disse que o pai estava desmotivado para amar ou perdoar o seu filho quando este regressou para casa. Não! O amor daquele pai não tinha absolutamente nada a ver com a performance do seu filho.

Muitos estão vivendo nesse extremo.

Acreditam que deveriam “merecer” esse amor e nunca conseguem viver à altura do que idealizaram.

Mas há um outro tipo (ou grupo) de cristãos, que sabe que a performance não determina valor ou aceitação, a ponto de não se importar com isso.

O problema é que essas pessoas não entendem que, para agradar a Deus, diferente de ser amado por Ele, temos de dar o melhor de nós.

Toda e qualquer pessoa tem o mesmo valor aos olhos de Deus. Todos são amados por Deus.

Mas a pergunta a ser feita é: estamos todos agradando a Deus? O princípio de agradá-lo é bíblico! (1 Ts 4:1; Rm 8:8; Hb 11:6).

Uma pessoa que está na carne é amada por Deus? – Claro que sim! E ela está agradando a Deus? – Claro que não!

Uma pessoa que não consegue andar em fé é amada por Deus? – Sim! E ela está agradando a Deus? – Não!

Nenhum de nós pode se esquecer disso.

Tanto o ser amado por Deus, como o ser agradável a Deus estão relacionados com valor.

Porém, um determina o nosso valor para Deus, enquanto o outro determina o valor de Deus para nós.

Muito mais do que apenas ser extraordinariamente amado por Deus, o que determina o nosso alto valor para Ele, nós também devemos procurar, em tudo, agradar a Deus, o que determina o alto valor dele para nós.

A falta dessa compreensão básica tem impedido muitos de avançar a uma dimensão maior de intimidade com o Senhor.

Alguns sabem que, como filhos, são tão amados pelo Pai Celeste quanto os outros.

O que, infelizmente, ignoram é que poderiam agradar mais ao Pai e desfrutar muito mais dele do que já chegaram a experimentar.

Essa lei da reciprocidade define a intensidade do nosso relacionamento com Deus.

Mas, como veremos na próxima semana, também define o nível de conquistas e experiências que podemos ter com Ele.

 

CONCLUSÃO:

Ir mais fundo no relacionamento com Deus é nossa responsabilidade.

Não se trata de algo que depende somente de Deus.

Pelo contrário, depende de nós usarmos ou não os princípios que Ele instituiu e revelou, e um destes é agradar ao Senhor!