sexta-feira, 23 de maio de 2008

PLÁSTICA NO CARÁTER

O Brasil dispõe de mais de 3 mil cirurgiões plásticos. Só no Rio de Janeiro são mais de 900. Ivo Pitanguy, o mais famoso, já operou acima de 60 mil pacientes em quarenta anos de profissão. A quantidade de pessoas insatisfeitas com sua aparência física é assustadora. O próprio Pitanguy admite que alguns de seus clientes precisam mais de uma orientação psicológica do que de uma cirurgia plástica.
A propósito vale lembrar que a Bíblia fala de um rapaz, Absalão, que era o homem mais bonito de Israel: “da planta do pé ao alto da cabeça não havia nele defeito algum” (2 Sm 14:25). Porém, moralmente falando, esse filho de Davi era horrível. Ele assassinou a emboscada o próprio irmão Amnon, liderou uma revolução que destronou o pai e ainda coabitou ostensivamente com dez concubinas de Davi.
A cirurgia de caráter é necessária porque, como Absalão, perdemos a beleza com a qual fomos criados: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn 1:26). A recuperação da imagem de Deus é possível mediante a regeneração e a santificação. Na regeneração, Deus opera uma transformação radical e completa em nós, em virtude da qual nos tornamos novas criaturas. Na santificação, Deus continua a operar em nós, capacitando-nos a cumprir os novos e santos desejos.
Por ocasião da segunda viagem missionária, no ano 50 da era cristã, o apóstolo Paulo passou dezoito meses na cidade grega de Corinto, distante 80 km de Atenas, e fundou ali uma Igreja Cristã. Entre os que se converteram ao evangelho, alguns eram imorais, idólatras, adúlteros, ladrões, avarentos, beberrões, difamadores e marginais. Mas, como diz a Bíblia, eles foram lavados, santificados e justificados (I Co 6:9-11). Em outras palavras, eles sofreram uma profunda plástica no caráter.
A plástica de caráter não é feita por cirurgiões plásticos. É feita por Jesus Cristo. Ele mesmo disse que veio “buscar e salvar o perdido” (Lc 19:10), pois “os são não precisam de médico, e sim os doentes”.

(Revista Ultimato - mar/abr 2001 - ps. 18 e 19)

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