"Eu vivo em dois mundos!", confessou um jovem de nosso grupo, descrevendo o lugar que a igreja e o trabalho ocupam em sua vida. "Vivo constantemente dividido entre o chamado do mundo secular e do mundo espiritual", explicou ele. "Qual é a ligação entre o que faço na igreja no domingo de manhã e o que faço no meu trabalho?" Vejam como Paulo aborda esta questão ao descrever a unidade espiritual de nossas vidas: "E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai" (Cl 3.17). Paulo não coloca linhas dividindo o secular e o espiritual, o mundo "real" e o louvor. Tudo isso faz parte do nosso discipulado. Se fizermos o que Paulo sugere, poderemos transformar nossa vida diária. Tomamos tudo o que fazemos e o oferecemos a Deus. Podemos unir trabalho e oração. Quando oferecemos nosso trabalho continuamente a Deus, podemos transformá-lo em oração e assim nos veremos orando incessantemente. Podemos fazer "tudo" - tanto as tarefas mais agradáveis quanto as mais árduas - como uma obra de amor pela qual vivemos e crescemos no espírito de Cristo.O falecido Dietrich Bonhoeffer escreveu: "A oração dos cristãos vai para além de seu tempo designado e estende-se até o âmago do trabalho [de cada um]. Envolve o dia inteiro, e, ao fazê-lo, não impede o trabalho; promove-o, afirma-o e empresta-lhe significado e alegria. Assim, cada palavra, cada obra, cada trabalho do cristão torna-se uma oração". Hoje e todos os dias, podemos transformar nosso trabalho em oração. Isto pode modificar nossa vida de maneiras que nem sequer imaginamos.
Stephen D. Bryant
Editor Mundial do No Cenáculo
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