quarta-feira, 3 de junho de 2015

A FASCINANTE HISTÓRIA DO BISPO METODISTA FRANCIS ASBURY

"1º de setembro de 1784. O Rev. João Wesley, Tomás Coke e James Creighton, presbíteros da Igreja da Inglaterra (Anglicana) formaram um presbitério e ordenaram a Ricardo Whatcoat e Tomás Vasey diáconos e no dia 2 de setembro, pelas mesmas mãos, Ricardo Whatcoat e Tomás Vasey foram ordenados presbíteros e Tomás Coke, doutor em leis, superintendente para a Igreja de Deus sob nosso cuidado na América do Norte. "
João Wesley ratificou este proceder escrevendo mais tarde uma carta circular que começa assim:
"Visto que nossos irmãos americanos estão agora completamente desembaraçados, tanto do estado como da hierarquia eclesiástica inglesa, não ousamos enredar-nos novamente tanto em um como em outra. Agora estão com plena liberdade de cingir-se (prender-se, ligar-se, no sentido de submeter-se) tão só às Escrituras e à Igreja Primitiva. E nós julgamos que o melhor é que eles permaneçam firmes naquela liberdade com que Deus os fez dessa maneira providencialmente tão livres."
O título de superintendente usado para o Dr. Coke foi mudado na América pelo de bispo, porque os irmãos ali disseram que segundo as Escrituras, o uso do termo bispo era mais apropriado que o outro. Nas atas do ano de 1785 da Conferência de ministros na América, acha-se a seguinte nota:
"Como os tradutores de nossas versões da Bíblia têm usado a palavra inglesa 'bispo' em vez de 'superintendente', pensamos que seria mais conveniente, conforme as Escrituras, adotar o termo bispo."
Desta maneira Tomás Coke veio a ser o primeiro bispo da Igreja Metodista no mundo inteiro. E por certo que foi digno dessa distinção, e sua obra o justificaria. É de notar que Wesley não houvera chegado a tal extremo se não fosse porque a necessidade o obrigou, e, ao curvar-se ante a necessidade, sentiu o dever de justificar sua atitude como que para dar-lhe caráter e força de legalidade. A missão do Dr. Coke nos Estados Unidos consistia em organizar os metodistas em corpo separado, que em princípio se adequaria, com ligeiras modificações, às leis canônicas e à liturgia da Igreja Anglicana, pois parecia a João Wesley que eram as melhores que ele podia oferecer-lhes dentre, todas as demais liturgias e formas de governo eclesiástico. Além disso, ia com poderes para ordenar tantos ministros itinerantes quantos estivessem em condições de sê-lo, e consagrar superintendente em pé de igualdade com ele a Francis Asbury, que foi o líder natural do grupo (metodista) americano.
Quando o Dr. Coke tratou do assunto com Francis Asbury, este recusou aceitar como terminantes e finais as ordens de João Wesley para que ele fosse consagrado superintendente (bispo). Propôs que se convocasse uma Conferência de todos os pregadores para que eles mesmos, depois de haver-se inteirado da resolução de João Wesley, tomassem as determinações que melhor lhes parecessem. Somente aceitaria tão alta responsabilidade se os colegas americanos estivessem de acordo em elegê-lo superintendente. Então enviaram Freeborn Garrettson, um dos pregadores itinerantes de maior influência entre seus companheiros, que saiu a galope para convocar os pregadores da América que pudesse encontrar para uma Conferência Geral na cidade de Baltimore, Maryland. Nela se resolveria o futuro destino do metodismo americano e se realizaria a eleição dos que haveriam de assumir a direção da flamante igreja. Essa foi a tão lembrada Conferência de Natal.
Dos oitenta e três pregadores estiveram presentes cerca de setenta, e elegeram por unanimidade Coke e Asbury como superintendentes associados do metodismo americano. 
No segundo dia da Conferência, dia de Natal, Asbury foi ordenado diácono por Coke, assistido por Whatcoat e Vasey. 
No dia seguinte foi ordenado presbítero.
No outro, consagrado superintendente (bispo). No serviço de consagração participou também o Rev. Filipe Otterbein, ministro alemão, grande admirador e amigo pessoal de Asbury.

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